A dupla vive uma situação bem distinta no que diz respeito aos homens que protegem suas metas. O Inter vem sofrendo com seus goleiros desde os tempos de Clemer, passando pelas oscilações de Lauro, por um decadente Abbodanzieri e um irreconhecível Renan. Já o Grêmio, que depois de ser defendido por Gallatto e Marcelo Grohe, teve a gangorra argentina que atende por Sebastian Saja e agora, finalmente, tem um goleiro de altíssimo nível: Victor, a muralha.
Com a lesão de Victor na semi-final com o Cruzeirinho, temi pela segurança da baliza Imortal. Marcelo Grohe, até então, nunca tinha conseguido me passar confiança, e acredito que minha opinião seja compartilhada por bastante gente. Porém, ele mostrou que eu estava enganado. Apesar da falha contra o próprio Cruzeiro, Marcelo se redimiu com atuações muito boas nos jogos contra a Católica e contra o Internacional. Agora, com o retorno de Victor, sua presença no clássico decisivo é incerta. Eu, particularmente, acho que seria um erro tirá-lo agora. Poderíamos correr o risco de Victor se lesionar novamente, além de desmotivar seu reserva para o resto da temporada. E aí, o que aconteceria quando Victor fosse para a seleção, ou caso qualquer outro tipo de inconveniente aconteça?
Sobre Renan: se queriam tirá-lo do time, deviam ter feito isso no domingo passado. Todos sabem que o rapaz perdeu a mãe em um acidente de carro no Carnaval. Era Dia das Mães. Renan, junto com o grupo colorado, vinha sendo cobrado por uma exibição convincente. Imaginem a pressão na qual o arqueiro do Internacional estava! Apesar das falhas nos dois gols de Júnior Viçosa, ele não pode, no meu entender, ser tirado da titularidade. Caso isso aconteça, será o mesmo caso que o de Marcelo Grohe. Goleiro precisa de ritmo, de confiança.
No fim das contas, era isso aí, moçada!
Abraço a todos,
Ismael Calvi Silveira.
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